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acabaram com o bailado na gulbenkian...

Comentários

Anónimo disse…
vou especular: não será apenas uma estratégia bem pensada para angariar penas e esforços e fundos, daqui até Agosto de 2006 (tanto tempo...) e conseguirem assim continuar activos?
... espero que sim!
acredito mesmo que o Ballet Gulbenkian não vai acabar...
Anónimo disse…
As causas, desconheço-as e por ventura serão as mais aberrantes e prepotentes que se possam imaginar...
Os efeitos, esses são evidentes até para o mais insensível dos seres...
Ficamos mais pobres concerteza!
A história e a memória não se podem apagar num momento.
Captain Ré disse…
Comunicado do Conselho de Administração da Fundação

A Fundação Calouste Gulbenkian, no quadro da reestruturação que tem vindo a ser empreendida e no exercício regular de avaliação da sua actividade, procedeu a uma reflexão incidente na área da dança e deliberou adequá-la ao presente contexto.

Nesta área, a Fundação tem desenvolvido uma acção quase exclusivamente através da sua própria companhia de dança: o Ballet Gulbenkian, criado em 1965.

A instituição do Ballet Gulbenkian visava, então, apresentar ao público português o reportório de dança contemporânea e proporcionar aos bailarinos e coreógrafos uma oportunidade profissional em condições de excelência.

Quarenta anos depois, o panorama da dança em Portugal alterou-se profundamente. É diferente em matéria de criação, de acesso ao reportório internacional e de formação profissional. A intervenção da Fundação, por seu lado, não se alterou.

Na discussão que tem tido lugar, por parte dos próprios agentes culturais, sobre a situação da dança em Portugal, são referidas, com frequência, a necessidade de cursos de formação profissional, a ausência de formação profissional contínua e a falta de locais e de laboratórios de pesquisa e experimentação.

Pode dizer-se que as necessidades actuais consistem sobretudo na criação de condições para:

- garantir uma boa qualidade profissional de bailarinos;
- proporcionar experiência de iniciação profissional;
- proporcionar experiência de coreografia;
- permitir o acesso do público fora de Lisboa e do Porto à produção de qualidade;
- possibilitar a confrontação de bailarinos, coreógrafos e das próprias companhias com outras produções e outras linguagens, que se apresentem em Portugal de forma descentralizada;
- apoiar a internacionalização e a exposição das companhias portuguesas a outros públicos no estrangeiro.

II Ponderadas todas estas circunstâncias, a Fundação Calouste Gulbenkian considera necessário continuar a ter um papel nesta área. Entende, porém, que a sua acção será mais incisiva através de fórmulas renovadas, mais directamente dirigidas às necessidades que hoje se identificam neste domínio e mais consentâneas com o seu estatuto institucional e com a missão que para si própria definiu.

Assim, foram identificadas algumas modalidades alternativas que constituirão a base de um programa de intervenção da Fundação Calouste Gulbenkian na área da dança:

1) reforço da área da dança e da coreografia no âmbito do Programa Gulbenkian de Criatividade e Criação Artística;
2) instituição de bolsas para o estrangeiro com vista a formação académica, formação intensiva, master classes ou reconversão de bailarinos em fim de carreira;
3) acções de formação: apoio a escolas e companhias através de ateliers e master classes e da vinda de professores visitantes;
4) internacionalização da dança contemporânea portuguesa: programas de apoio a digressões no estrangeiro para companhias, coreógrafos e bailarinos;
5) convite a companhias de dança: possibilidade de actuação em Lisboa e noutras localidades fora de Lisboa, onde se verifica uma maior carência de espectáculos desta natureza.

III Em face do que antecede, o Conselho deliberou proceder à reestruturação da actuação da Fundação na área da dança, devendo novos projectos e programas ser objecto de início de realização no quadro do Plano de Actividades e Orçamento da Fundação para 2006.

Nesta mesma linha, o Conselho deliberou a extinção da companhia, a qual deverá estar concretizada até Agosto de 2006. Considerando ainda que as circunstâncias se alteram, assim, profundamente, tal como as expectativas dos colaboradores do quadro do Ballet Gulbenkian, entendeu também cancelar todos os espectáculos de dança que se encontram programados.

Decorrendo desta decisão a cessação dos contratos de trabalho dos colaboradores afectos ao Ballet Gulbenkian, o Conselho aprovou um sistema de apoio àqueles colaboradores, que lhes confere, caso adiram ao sistema, um tratamento compensatório significativamente mais vantajoso do que aquele que decorreria do mero cumprimento das obrigações laborais que impendem sobre a Fundação.

No contexto da reestruturação da actuação da Fundação na área da dança, o Conselho manifestou abertura para ponderar a adopção de um esquema de apoio aos colaboradores abrangidos pela extinção do Ballet Gulbenkian, que desejem eventualmente criar a sua própria companhia de dança, esquema esse que teria aplicação na fase inicial de arranque da companhia.

Lisboa, 5 de Julho de 2005
Anónimo disse…
ena!
alguém que comenta com conhecimento de causa! diz-me:
que peças foste tu ver?
Captain Ré disse…
caríssimo utilizador anónimo:
como resposta à sua pergunta, digo-lhe desde já que a dança não é a minha área, mas sim um ponto de interesse, descanso e pensamento. podia quase dizer uma paixão recalcada. um amor platónico. que espreita sempre que vejo bons momentos de dança. acontece quando vejo peças da Olga Roriz ou do Rui Lopes Graça, pessoa maravilhosa que tenho o prazer de conhecer.
e o caríssimo utilizador, que pensa do assunto?
Anónimo disse…
"Da discussão nasce a luz
do sarcasmo a escuridão"
Conheces esta peça, anónimo?
"Se um quadrado rolasse seria assim que rolarias" outra peça!
Anónimo disse…
Embora não gostasse de fugir ao tema, vou responder ao desvio já patente: Não se esquecam que ainda há pessoas que vos conhecem.

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