Avançar para o conteúdo principal

log entry: eles andam aí...

quando li estive quase a não distinguir se era um texto sério ou uma elaborada ironia. afinal era a sério...

"A vaca desaparecida na madrugada de quarta-feira foi encontrada. Frente à faculdade de Veteriniária, abandonada, e com um bilhete, as autoridades conseguiram reaver a vaca Cowpyright.
O «mistério» foi desvendado hoje por uma empregada do Pólo Universitário da Ajuda, que a encontrou à porta da Faculdade.
Às 07:00 de hoje, elementos da esquadra da PSP do Calvário foram avisados pelos vigilantes do Pólo Universitário que «a empregada de limpeza tinha avistado a vaca Cowpyright», uma das 101 esculturas de fibra de vidro que integram a exposição CowParade, disse à agência Lusa uma fonte da PSP.
No bilhete que os agentes encontraram podia ler-se que «mais vale uma vaca em Monsanto do que duas no Campo Pequeno», segundo relato das autoridades.
A obra de arte, que foi encontrada frente à Faculdade de Veterinária, tem uma das patas partidas. E vai agora ser tratada e devolvida ao Campo Pequeno, local de onde desapareceu misteriosamente na madrugada de quarta-feira.
A preocupação da organização da Cowparade esteve centrada nesta vaca «raptada». Deu o alerta às autoridades, mas a obra de mais de 400 quilos esteve desaparecida até esta sexta-feira.
Só a base, na qual a vaca está colocada, pesa 350 quilos. A peça, em si, chega aos 65 quilos.
A vaca encontrava-se no Campo Pequeno, desde 14 de Maio e o desaparecimento foi detectado por várias pessoas."

in Portugal Diário.iol.pt de 19-05-06

Comentários

Anónimo disse…
Ora vamos ver bem as coisas, quem fez a coisa fez muito bem feita, foram muitas horas a pensar...Nos dois sitios tratam da saude aos bovinos, não?!
Anónimo disse…
MANIFESTO DAS VACAS DE LISBOA


São os mesmos que tiraram vacas e gentes do interior que agora enchem Lisboa de vacas em fibra de vidro para a adoração urbana.

São os adeptos do pensamento único que impôs e impõe o fecho de escolas, o encerramento de serviços de saúde, de maternidades, de postos de correio, de linhas de caminho de ferro, de tudo o que tenha algum cheiro a humanidade no interior rural que estão agora sem vergonha a encher Lisboa com as suas vacas em fibra de vidro.

São os mesmos que nunca se preocuparam em levar a arte a ninguém, que sempre desprezaram as pessoas e o seu sentir que numa caricatura pretendem agora encher duma pseudo arte urbana as ruas e praças da capital.

Eles que nunca apoiaram museus, que nunca apoiaram companhias de teatro, que nunca se importaram com a educação artística e o desenvolvimento da sensibilidade e da criatividade nas escolas, nas colectividades e na vida cultural portuguesa são eles que agora sem pudor à revelia dos artistas e dos Lisboetas enchem de vacas a paisagem urbana de Lisboa.

Eles que sempre defenderam o machismo, o sexismo e o patriarcado para melhor poderem explorar a Mãe-Terra e os todos os seus filhos. Sim eles, os corifeus do pensamento único que amesquinha e despreza nacionalidades, línguas e povos com o intuito de os fazer subservientes à lógica do lucro e do dinheiro. Os mesmos que espalham plantas transgénicas, pobreza e doença e destroiem a Amazónia, que devastaram África e enchem o mundo com as suas guerras de pilhagem.

É contra eles que estamos. Contra a sua lógica e o seu poder. É para lhes mostrar como os desprezamos e do que somos capazes que apelamos à destruição das Vacas da Cowparade de Lisboa, seus símbolos arrogantemente expostos na nossa cidade.

Vandalizar as vacas é mostrar-lhes o caminho que não queremos seguir. É afastá-los da capital, mostrar-lhes que Lisboa não é mais uma cidade segura para as suas actividades empresariais, para as suas reuniões de estado, para os seus congressos e passeatas globais. Para as suas ideias.

Vandalizar as vacas é mostrar-lheS como aqui há pessoas (vacas e tipos tesos) gente indomável e independente que não os quer por perto.

Vandalizemos as vacas com a mesma raiva com que um dia vamos varrer as suas ideias e os seus patrões da face da terra.

Todos os patrões.

AS VACAS DE LISBOA

Apelamos a que se juntem a nós, espalhem esta ideia e divulguem por todos os meios os resultados das acções. As fotografias e relatos ajudarão a ampliar a nossa acção.
Anónimo disse…
para te dar um olá!!!!

vai escrevendo...é sempre um prazer!

Mensagens populares deste blogue

log entry: arq. jean nouvel vs dr. evil

in here we will see the misterious similarities between two famous characters... the star architect: Jean Nouvel from france the public enemy trying to take over the world: Dr. Evil from "Austin Powers"... i wonder if Jean as a son... mini je? ...

log entry: Teoria da Relatividade [a partir do Porto]

Dizem que há apenas meia dúzia de iluminados no mundo que conseguem perceber totalmente a Teoria da Relatividade. Sempre me intrigou porque raio é que esses rapazes - como o Stephen Hawking que é um bacano, mas que fala esquisito - são assim tão à frente para a perceber, mas não conseguem ser claros a explicar à malta? Tipo fazer uma versão de bolso, um resumo, uma coisa assim mais ligeirinha, que se podia chamar talvez “olha, eu sou assim muito esperto, percebi a Teoria da Relatividade e tenho a capacidade de fazer o mais fácil, que é explicar-te isto como se fossem contas de feijões”. Não o fazem e eu sempre pensei que era por puro egoísmo e para poder dizer aos amigos “Ah e tal isto é muito difícil que só eu, o Estevão, o Zé, o Machado, o Zé Machado e mais dois ou três é que percebemos”. Pois tenho a dizer-vos, não é preciso ser-se muito esperto para perceber a Teoria da Relatividade. É sim preciso ter-se sorte e eu tive. Acordei há pouco a meio da noite em sobressalto e a perceb

log entry: "cace" project

Project: CACE centro cultural do freixo Objective: university final work Location: freixo-porto-portugal Date: 06 Concept: The main purpose of the building is to offer qualified work spaces to young companies of architecture, design, photography, and other art related business. To support this there are infrastructures that improve work and is relation with the public, such as: meeting rooms, leisure lounge spaces, public reception, bar, showroom, an auditorium with 250 seats and rooms to install invited tutors, for workshops, conferences or others. The building is a mass that gains its life in the land slope, witch is the first burst to its dynamic development. The form is then sequentially and gradually projected into the air, breaking apart volumes until reaching the river, where the form disintegrates exploding in modules suspended above the water environment. The architecture does not intend to be a forced and strange element in the