Hoje, algures num terreno no Marvão, aconteceu um fenómeno geológico onde se abriu uma cratera com 30, mais de 50 ou 100 metros de profundidade, conforme os telejornais que se escolha ver. De qualquer forma, não há dúvidas que é um grande buraco.
Um geólogo veio tentar explicar que é por causa de água nos solos. Eu cá acho que não. E tenho várias hipóteses. Não me ocorreu no entanto que fosse obra de extra terrestres, como o geólogo também quis fazer questão de referir. Acho estranho que tenha sentido necessidade de explicar que não foi um ser de outro planeta que após ter viajado através de galáxias à velocidade da luz tenha decidido cavar um buraco com 30, 50 ou 100 metros de profundidade a meio da noite no meio do Marvão.
Eu cá estou indeciso entre várias hipóteses. No entanto sou levado a suspeitar que em todas a economia foi, de uma forma ou de outra, a grande responsável.
Parece-me que é o próprio solo nacional a manifestar-se e a concretizar fisicamente o buraco em que estamos metidos. Com jeitinho a coisa vai aumentar e alastrar-se até desaparecermos totalmente e definitivamente do mapa. Não sei bem porque é que o buraco começa no Marvão, mas isso é coisa para o Ministério Público investigar. Ou se é obra da Troika, da Alemanha, da Espanha, dos Estados Unidos ou de outros maus neste filme, que foram de fininho no meio do breu, abrir-nos o buraco.
Na continuação desta, existe uma outra hipótese, que implica uma auto-determinação do buraco, no sentido daquele pedaço de terreno ter mesmo decidido emigrar. É bem possível que o solo se tenha fartado e decidido de livre vontade desistir de fazer parte do país, como de resto muito boa gente tem feito. O que dá uma certa pena, porque a ver pelas fotografias era um bom pedaço de terra, cheio de capacidades, que se vai apresentar noutro país com melhores condições e dar árvores de fruto por lá. Já não chegava estarmos a ficar sem médicos, engenheiros, arquitectos ou professores, como agora já estamos a ficar sem terra para pisar.
Numa perspectiva macro-económica, que certamente a Troika partilha, até nem parece mal estarmos a pagar com pedaços de país, já que não nos resta muito mais.
Um geólogo veio tentar explicar que é por causa de água nos solos. Eu cá acho que não. E tenho várias hipóteses. Não me ocorreu no entanto que fosse obra de extra terrestres, como o geólogo também quis fazer questão de referir. Acho estranho que tenha sentido necessidade de explicar que não foi um ser de outro planeta que após ter viajado através de galáxias à velocidade da luz tenha decidido cavar um buraco com 30, 50 ou 100 metros de profundidade a meio da noite no meio do Marvão.
Eu cá estou indeciso entre várias hipóteses. No entanto sou levado a suspeitar que em todas a economia foi, de uma forma ou de outra, a grande responsável.
Parece-me que é o próprio solo nacional a manifestar-se e a concretizar fisicamente o buraco em que estamos metidos. Com jeitinho a coisa vai aumentar e alastrar-se até desaparecermos totalmente e definitivamente do mapa. Não sei bem porque é que o buraco começa no Marvão, mas isso é coisa para o Ministério Público investigar. Ou se é obra da Troika, da Alemanha, da Espanha, dos Estados Unidos ou de outros maus neste filme, que foram de fininho no meio do breu, abrir-nos o buraco.
Na continuação desta, existe uma outra hipótese, que implica uma auto-determinação do buraco, no sentido daquele pedaço de terreno ter mesmo decidido emigrar. É bem possível que o solo se tenha fartado e decidido de livre vontade desistir de fazer parte do país, como de resto muito boa gente tem feito. O que dá uma certa pena, porque a ver pelas fotografias era um bom pedaço de terra, cheio de capacidades, que se vai apresentar noutro país com melhores condições e dar árvores de fruto por lá. Já não chegava estarmos a ficar sem médicos, engenheiros, arquitectos ou professores, como agora já estamos a ficar sem terra para pisar.
Numa perspectiva macro-económica, que certamente a Troika partilha, até nem parece mal estarmos a pagar com pedaços de país, já que não nos resta muito mais.
Outra possibilidade, economicamente muito mais positiva, é a de que este seja um portal. Um portal que liga directamente à China, aos Emirados Árabes Unidos, a Angola ou à Argélia, por forma a promover uma via directa de exportações. Era simpático, pois assim poupava-se imenso em transportes e em portes de envio, bastava chegar ao buraco, atirar a mercadoria lá para baixo e fazer figas, que é o que já se faz agora, mas com portes de envio. No entanto os portugueses ainda não são lestos nesta coisa da internacionalização e empreendedorismo, como comprovado pelos receios do proprietário do terreno que diz, passo a citar "é uma situação chata. Só de pensar que há poucos dias tinha aqui animais e que podiam ter abalado...". A meu ver é falta de visão, incapacidade de gestão e de aproveitamento de oportunidades na adversidade. O senhor podia estar agora a atirar porcos vivos para o buraco e a ganhar muito dinheiro se calhasse de ir ter a um bom mercado, que não judeu.
Resta saber é se há um buraco do outro lado, mas pelo pouco que conheço da economia dos outros, os buracos deles não são os mesmos que os nossos. Aliás, até são, porque nós humanos temos todos os mesmos, nós é que baixamos as calcinhas e expusemo-nos demasiado.
Posto isto acho que, a ser um portal, ele provavelmente permite exportar os portugueses para outros formatos, como jpg, dando uma hipótese vaga de tentar sair bem na fotografia, se for trabalhada em pós-produção - leia-se pós-memorando - em photoshop. Ou teletransportar os portugueses num vortex sideral para outra galáxia. Ou só de férias para o Algarve. Podiam chamar a esta de Nova Ligação Marvão-Faro, esperando que não se faça uma parceria público-privada para concessão do buraco.
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