PLAYGREEN project
Foi recentemente premiado o projecto "Playgreen".
Ficam aqui mais informações acerca do mesmo.
Os links seguintes dão acesso aos paineis de apresentação, com imagens, plantas, esquemas e texto.
"Playgreen project" was recently prized.
I leave here some more info about it.
The folowing links give acess to the presentation panels, with images, blue prints, schemes and text.
autores: AND.RE arquitectura - bruno andré & francisco ré
A proposta apresentada refere-se a um projecto localizado numa parcela de terreno na rua conselheiro Lopo Vaz, junto ao parque das nações.
Objectivos:
Na base de qualquer primeiro objectivo, existe a intenção de elaborar um esquema urbano de qualidade, que responda de forma inovadora às necessidades do local e da vida contemporânea
Não se pretende recorrer a artifícios fáceis, desconectados com a realidade ou vazios de carácter, mas sim reinterpretar os elementos programáticos e responder de forma eficaz, funcional, real e acima de tudo verdadeira na sua essência. Procura-se evitar a monotonia estética, procurando elementos dinâmicos que estimulem a vivência do espaço, quer pela sua forma, quer pela sua função. Evita-se o recurso a plasticidades fáceis, sendo que a forma deve seguir, não apenas a sua função imediata, mas também uma intenção maior, subjacente a um conceito globalizante de qualidade de vida e bem-estar.
A proposta procura, desde o inicio, aproximar-se das realidades sociais, tocando o carácter filantrópico que serve de base à arquitectura. Pretende-se que a arquitectura seja uma resposta humana, aliando-se não só às necessidades imediatas do habitar, mas também relacionando-se activamente com as dinâmicas sociais e suas propriedades definidas pela realidade contemporânea, feita de ritmos, actividades, exigências e estímulos cada vez mais intensos.
Conceito:
O esquema proposto pretende criar sistemas habitacionais inovadores, funcionais e que proporcionem bem-estar.
Pretende-se, de uma forma simples e possível, aliar o habitar em cidade à realidade saudável do verde, normalmente encontrado fora dos pólos urbanos. O conceito é ter uma habitação, com um espaço exterior qualificado, onde se possa desfrutar dos elementos naturais, ter contacto com vegetação, repousar ou fazer actividades. A solução não é imediata, a intenção não pode ser inocente e está sujeita a diversas condicionantes. Não se pretende criar um sistema de moradias com quintal no centro da cidade, esta ideia é conceptualmente incompatível com o local como também o é com os índices de construção previstos para o mesmo. Como se encontra então um compromisso entre a moradia suburbana – que oferece espaço verde exterior – e a realidade comum da propriedade horizontal – com suas escassas áreas, monotonia programática e varandas quase simbólicas? Como se pode criar um sistema de densidade, sem perder as propriedades qualitativas inerentes ao sistema oposto?
É portanto a intenção de aliar dicotomias, que sedimenta o processo conceptual onde se baseia a proposta apresentada.
Dicotomias: verde/betão, cidade/campo, ortogonal/curvilíneo, pátio/varanda, vertical/horizontal, rodoviário/pedonal, apartamento/moradia, longe/perto…
Intervenção:
A implantação surge aproveitando estímulos na realidade preexistente. Apoia-se na dinâmica espacial da gare do oriente, como exemplo qualificado que serve de semente para intervenções na cidade que a envolve. Ela serve de momento de partida, metáfora perfeita, para o início do projecto. Noutros momentos da intervenção foi necessário conceber abordagens distintas na resolução de problemas, criando assim um novo elemento fundador e dinamizador de cidade.
A intervenção aborda o terreno seguindo uma dinâmica volumétrica que se expande no sentido Norte/Sul. Os elementos físicos que constituem a massa da intervenção, são o resultado dessa intenção dinâmica, na sua orientação e atravessamento, quer pedonal quer visual. É assim criada uma relação de volumes que absorve as dinâmicas volumétricas limítrofes ao terreno, bem com faz um paralelismo com o pressuposto conceptual de dicotomia. O resultado é uma série de cinco volumes geometricamente definidos que, pelo seu afastamento sublinha a dicotomia entre cheio e vazio. Os corredores de atravessamento pedonal, criados pelos vazios de massa, são de uso público e de acesso ao comércio, localizado ao nível do rés-do-chão sob os volumes. Estes que apresentam assim transparência ao nível inferior, tornando-se massa compacta ao nível superior.
A leitura do perfil é entendida como um”L” deitado, que se levanta para usufruir das melhores vistas, orientação solar e em momentos de maior distância em relação a elementos existentes na envolvente de maior preponderância altimétrica.
Na base do “L” encontra-se habitação, que oscila desde o T1 até ao T4, sendo estas tipologias passíveis de mutação consoante as necessidades. Este elemento mais baixo possui dois pisos de habitação acima do comércio (rés-do-chão) e garagens enterradas no solo. No seu topo, quando o “L” se levanta, o volume adopta uma leitura inversa, mais transparente, com as lajes a ganhar visibilidade e a desenhar os limites da forma. No interior deste elemento vertical, encontram-se as tipologias T3, num esquema de duas por piso.
Tipologias:
As tipologias distinguem-se da ortogonalidade geométrica de implantação. A sua planta tem um desenho orgânico, explorando a fluidez dos espaços, procurando formas e configurações alternativas. A sua repercussão no exterior, pelas suas próprias formas ou fenestrações, provoca uma plasticidade orgânica.
Existem duas abordagens conceptuais à criação das tipologias, sendo o processo de desenho de uma o negativo da outra, e vice-versa. No entanto elas partem dos mesmos pressupostos. Essa distinção faz-se entre as tipologias dos elementos verticais e as dos volumes horizontais. Nos primeiros, destinados a configurações T3, o limite exterior da tipologia reflecte o seu desenho em planta, de carácter orgânico, podendo ler-se na fachada os elementos circulares que a compõem, criando panos contínuos e ondulantes. Os elementos programáticos que compõem estas tipologias, são desenhadas no interior de elementos circulares. Estas tipologias possuem garagens individuais em cada piso, podendo-se estacionar o carro ao nível da habitação, através de um sistema elevatório. Por outro lado, os volumes horizontais de dois pisos que albergam T1,T2,T3 e T4, têm no seu exterior um carácter assumidamente ortogonal. Neste caso as tipologias desenvolvem-se para o interior do volume, sendo que os elementos programáticos se desenvolvem em torno dos elementos circulares. Estes círculos compostos são desta feita vazios, permitindo a entrada de luz, criando pátios e facilitando o acesso às habitações.
Comentários
Desde já os meus parabéns!!!! A vocês, um brinde...Ao Ré, um xi do tamanha do meu coração!
Abraço