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log entry: projecto premiado

PLAYGREEN project

Foi recentemente premiado o projecto "Playgreen".
Ficam aqui mais informações acerca do mesmo.
Os links seguintes dão acesso aos paineis de apresentação, com imagens, plantas, esquemas e texto.


"Playgreen project" was recently prized.
I leave here some more info about it.
The folowing links give acess to the presentation panels, with images, blue prints, schemes and text.


PAINEL 1

PAINEL 2

PAINEL 3


autores:
AND.RE arquitectura - bruno andré & francisco ré

data do projecto: outubro 2006

cliente: AIP (associação industrial portuguesa)

tipo: concurso

organização: AIP, FIL e Câmara Municipal de Lisboa


MEMÓRIA DESCRITIVA:

A proposta apresentada refere-se a um projecto localizado numa parcela de terreno na rua conselheiro Lopo Vaz, junto ao parque das nações.

Objectivos:

Na base de qualquer primeiro objectivo, existe a intenção de elaborar um esquema urbano de qualidade, que responda de forma inovadora às necessidades do local e da vida contemporânea em geral. Criando novas metas e explorando novas formas de habitar a casa e a cidade, pretende-se chegar a um resultado que essencialmente valorize a qualidade de vida. É ponto fundamental, na abordagem conceptual do projecto, criar um afastamento da fria “imagem de betão” que cada vez mais se expande na paisagem cosmopolita.

Não se pretende recorrer a artifícios fáceis, desconectados com a realidade ou vazios de carácter, mas sim reinterpretar os elementos programáticos e responder de forma eficaz, funcional, real e acima de tudo verdadeira na sua essência. Procura-se evitar a monotonia estética, procurando elementos dinâmicos que estimulem a vivência do espaço, quer pela sua forma, quer pela sua função. Evita-se o recurso a plasticidades fáceis, sendo que a forma deve seguir, não apenas a sua função imediata, mas também uma intenção maior, subjacente a um conceito globalizante de qualidade de vida e bem-estar.

A proposta procura, desde o inicio, aproximar-se das realidades sociais, tocando o carácter filantrópico que serve de base à arquitectura. Pretende-se que a arquitectura seja uma resposta humana, aliando-se não só às necessidades imediatas do habitar, mas também relacionando-se activamente com as dinâmicas sociais e suas propriedades definidas pela realidade contemporânea, feita de ritmos, actividades, exigências e estímulos cada vez mais intensos.

Conceito:

O esquema proposto pretende criar sistemas habitacionais inovadores, funcionais e que proporcionem bem-estar.

Pretende-se, de uma forma simples e possível, aliar o habitar em cidade à realidade saudável do verde, normalmente encontrado fora dos pólos urbanos. O conceito é ter uma habitação, com um espaço exterior qualificado, onde se possa desfrutar dos elementos naturais, ter contacto com vegetação, repousar ou fazer actividades. A solução não é imediata, a intenção não pode ser inocente e está sujeita a diversas condicionantes. Não se pretende criar um sistema de moradias com quintal no centro da cidade, esta ideia é conceptualmente incompatível com o local como também o é com os índices de construção previstos para o mesmo. Como se encontra então um compromisso entre a moradia suburbana – que oferece espaço verde exterior – e a realidade comum da propriedade horizontal – com suas escassas áreas, monotonia programática e varandas quase simbólicas? Como se pode criar um sistema de densidade, sem perder as propriedades qualitativas inerentes ao sistema oposto?

É portanto a intenção de aliar dicotomias, que sedimenta o processo conceptual onde se baseia a proposta apresentada.

Dicotomias: verde/betão, cidade/campo, ortogonal/curvilíneo, pátio/varanda, vertical/horizontal, rodoviário/pedonal, apartamento/moradia, longe/perto…

Intervenção:

A implantação surge aproveitando estímulos na realidade preexistente. Apoia-se na dinâmica espacial da gare do oriente, como exemplo qualificado que serve de semente para intervenções na cidade que a envolve. Ela serve de momento de partida, metáfora perfeita, para o início do projecto. Noutros momentos da intervenção foi necessário conceber abordagens distintas na resolução de problemas, criando assim um novo elemento fundador e dinamizador de cidade.

A intervenção aborda o terreno seguindo uma dinâmica volumétrica que se expande no sentido Norte/Sul. Os elementos físicos que constituem a massa da intervenção, são o resultado dessa intenção dinâmica, na sua orientação e atravessamento, quer pedonal quer visual. É assim criada uma relação de volumes que absorve as dinâmicas volumétricas limítrofes ao terreno, bem com faz um paralelismo com o pressuposto conceptual de dicotomia. O resultado é uma série de cinco volumes geometricamente definidos que, pelo seu afastamento sublinha a dicotomia entre cheio e vazio. Os corredores de atravessamento pedonal, criados pelos vazios de massa, são de uso público e de acesso ao comércio, localizado ao nível do rés-do-chão sob os volumes. Estes que apresentam assim transparência ao nível inferior, tornando-se massa compacta ao nível superior.

A leitura do perfil é entendida como um”L” deitado, que se levanta para usufruir das melhores vistas, orientação solar e em momentos de maior distância em relação a elementos existentes na envolvente de maior preponderância altimétrica.

Na base do “L” encontra-se habitação, que oscila desde o T1 até ao T4, sendo estas tipologias passíveis de mutação consoante as necessidades. Este elemento mais baixo possui dois pisos de habitação acima do comércio (rés-do-chão) e garagens enterradas no solo. No seu topo, quando o “L” se levanta, o volume adopta uma leitura inversa, mais transparente, com as lajes a ganhar visibilidade e a desenhar os limites da forma. No interior deste elemento vertical, encontram-se as tipologias T3, num esquema de duas por piso.

Tipologias:

As tipologias distinguem-se da ortogonalidade geométrica de implantação. A sua planta tem um desenho orgânico, explorando a fluidez dos espaços, procurando formas e configurações alternativas. A sua repercussão no exterior, pelas suas próprias formas ou fenestrações, provoca uma plasticidade orgânica.

Existem duas abordagens conceptuais à criação das tipologias, sendo o processo de desenho de uma o negativo da outra, e vice-versa. No entanto elas partem dos mesmos pressupostos. Essa distinção faz-se entre as tipologias dos elementos verticais e as dos volumes horizontais. Nos primeiros, destinados a configurações T3, o limite exterior da tipologia reflecte o seu desenho em planta, de carácter orgânico, podendo ler-se na fachada os elementos circulares que a compõem, criando panos contínuos e ondulantes. Os elementos programáticos que compõem estas tipologias, são desenhadas no interior de elementos circulares. Estas tipologias possuem garagens individuais em cada piso, podendo-se estacionar o carro ao nível da habitação, através de um sistema elevatório. Por outro lado, os volumes horizontais de dois pisos que albergam T1,T2,T3 e T4, têm no seu exterior um carácter assumidamente ortogonal. Neste caso as tipologias desenvolvem-se para o interior do volume, sendo que os elementos programáticos se desenvolvem em torno dos elementos circulares. Estes círculos compostos são desta feita vazios, permitindo a entrada de luz, criando pátios e facilitando o acesso às habitações.

Comentários

Anónimo disse…
caminhai sempre com a coerência que se denota intrínseca,na procura consciente de uma melhor forma de viver, de viver neste caso as cidades. Por mim brincaria com outrém nos terraços verdes deste espaço. Parabéns
marta ré disse…
Procuro casa... :)

Desde já os meus parabéns!!!! A vocês, um brinde...Ao Ré, um xi do tamanha do meu coração!
Abraço

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